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Shopping popular é um empreendimento privado para uso e ganho inescrupuloso
30 de setembro de 2021

Um empreendimento privado para uso e ganho inescrupuloso. É assim que o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) enxerga a intitulada Cidade das Compras, conhecida como Shopping Popular. Segundo o parlamentar, trata-se de um problema no município ainda não resolvido, visto que Elias Tergilene, responsável pelo empreendimento, não prestou os devidos esclarecimentos quando esteve na Câmara Municipal. 
 
“Ele veio aqui, não prestou esclarecimentos de nada e ainda tentou sair como o bom. Como é sabido pelas notícias divulgadas, os comerciantes do local vivenciam, desde a sexta-feira passada, uma situação ainda mais dramática. Não bastando a falta de vendas e não bastando não conseguirem honrar com os seus compromissos pela falta de movimento naquele espaço, tiveram o serviço de fornecimento de energia suspenso e estão às escuras”, disse. 
 
E continuou: “Isso não é responsabilidade direta daquelas pessoas; é responsabilidade do poder público do município, que jogou as pessoas lá, vendendo falsas promessas que seria um projeto maravilhoso, mas a realidade hoje daquele local é de sufocamento econômico. Isso já está posto, a ponto de o governo municipal não ter nem a coragem de defender o dito Shopping Popular”.  
 
Segundo Jhonatas, o fato de os comerciantes estarem às escuras os levou a protestarem por melhorias e o cumprimento das promessas feitas. “Não é por falta de propostas de alternativa, porque têm várias propostas; os trabalhadores e trabalhadoras daquele espaço já apresentaram como opções a carência e a eventual isenção, bem como a viabilização do término dos serviços de infraestrutura que estão incompletos”, pontuou. 
 
Dar transparência às contas e garantir a participação de quem trabalha no espaço também são propostas já apresentadas aos responsáveis pelo empreendimento, conforme Jhonatas. “Ainda, renegociar a parceria público-privada e os termos do contrato estão dentre as opções. O prefeito sabe de tudo isso, mas se esconde, e o pior é que deixa a tal concessionária Feira Popular fazer e desfazer; faz o que quer, e eu digo que a prova é documentada”, frisou.  
 
E acrescentou: “Quero saber aqui, inclusive, se alguém do governo tem coragem de defender a nota criminosa, que tentou desqualificar as lideranças que buscam organizar os comerciantes daquele espaço. O senhor Elias Tergilene tem que entender que o tempo da ditadura já passou, que aquilo lá é público e ele está lá para passar um tempo e, se brincar, esse tempo será abreviado”.

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