Sindicato dos Trabalhadores Rurais pede “Situação de Emergência” nos distritos

A declaração, pelo Município, de “Situação de Emergência” dos oito distritos, em razão da escassez de chuva na região – consequentemente, da perda da safra de grãos – está sendo reivindicada, em carta ao prefeito Colbert Martins Filho, pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana. O documento foi lido na Tribuna da Câmara de Vereadores pela dirigente sindical Adriana Silva, durante a realização de uma sessão solene comemorativa pelo Dia do Trabalhador Rural, realizada no último dia 25. A entidade pede mais investimentos da Prefeitura no campo, ao observar que a Secretaria de Agricultura do Município, este ano, “não fez sequer a distribuição de grãos nem disponibilizou máquinas para a preparação do solo”. Enquanto isso, registra o texto, “não tem faltado recursos financeiros para a Micareta, nem  para o São João”.

Na carta, o Sindicato aborda a previsão climática para os próximos meses, sem perspectiva de ocorrência de chuvas no município – tradicionalmente, informa o documento, o período chuvoso em Feira tem início em 15 de abril e término em 15 de junho de cada ano.  E faz uma grave constatação: a maioria da população residente nos  distritos e que comercializa produtos agrícolas nas feiras livres não possui terra para produzir nem qualquer seguridade social. De acordo com levantamento do Sindicato, há em Feira de Santana aproximadamente cinco mil agricultores ativos, que podem ter acesso às políticas públicas do governo para o setor.

Os agricultores querem uma audiência urgente, com o gestor municipal, para discutir medidas a serem adotadas em virtude da  perda estimada em aproximadamente 80% das safras de feijão e milho, principalmente, fato que “agrava e torna mais difícil a sobrevivência da população rural”. Também será tratado sobre a realização de estudo climático no município para um melhor diagnóstico dos motivos para a perda de safras no Município. Neste diálogo com o chefe do Executivo, também será pleiteado abertura de crédito suplementar para a agricultura familiar e a implementação de mesa de negociação para assuntos como a preparação do solo para plantação de mudas de plantas adequadas em cada distrito.