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Subprefeituras, feiras livres e banco de sementes crioulas podem transformar a agricultura familiar do município
14 de maio de 2021

A implantação de subprefeituras, criação de feiras livres nos distritos e do banco de sementes crioulas são medidas que podem valorizar a agricultura familiar e a vida no campo. Sugeridas na sessão especial realizada ontem (13), na Casa da Cidadania, as ações visam criar melhores condições para os pequenos produtores e evitar o êxodo rural.
 
O presidente do Polo de Associações Rurais, José Nery, destaca que os distritos de Feira de Santana possuem características favoráveis para a agricultura familiar, como a presença de lençóis freáticos e a proximidade a grandes centros de escoamento. Entretanto, ele observa que as comunidades rurais necessitam de investimentos e melhorias nos serviços de saúde, educação, segurança e transporte. Na sua opinião, a aproximação do poder público por meio de subprefeituras pode auxiliar na solução dessas demandas.
 
Outra iniciativa de valorização da agricultura familiar e da vida no campo é a implantação de feiras livres nos distritos, avalia Conceição Borges, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana. Na sua opinião, a ação iria contribuir para tornar os cultivos dos pequenos produtores mais acessíveis à comunidade local. “Como é que eu vou fortalecer a comercialização da agricultura familiar se nos distritos a gente não tem uma feira?”
 
A criação de um banco de sementes crioulas também é defendida pela presidente do sindicato, bem como, por Wodis Kleber Araújo, professor doutor em Geografia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Estas sementes são típicas da região e podem aumentar a produtividade por serem mais adaptadas às condições climáticas e do solo. Para Conceição Borges, elas devem ser cultivadas no Parque de Exposições, juntamente com mudas de árvores locais.
 
Turismo
Os distritos feirenses também carecem de investimentos no setor turístico, avalia João Dias, que compareceu à sessão como representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Ele defende a exploração turística da Serra de São José e do Rio Jacuípe, bem como, observa a necessidade de revitalização do santuário de Santa Luzia, construído em Ipuaçu no ano de 1656. João Dias também sugere que a Prefeitura compre o território do Buraco do Joaquim, no distrito da Matinha. Estudado como uma rota de fuga utilizada por negros escravizados em Feira de Santana, o buraco é uma marca histórica de resistência para as comunidades quilombolas locais.
 
A sessão especial para debater a realidade da agricultura familiar no município foi de iniciativa da Frente Parlamentar para Agricultura, Pesca, Desenvolvimento Rural e Abastecimento Agropecuário de Feira de Santana, presidida por Jurandy Carvalho. No evento, também estavam presentes o  gerente geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Aurino Melo, e Joedilson Freitas, representante do secretário Municipal de Agricultura, Pablo Roberto.

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