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Terapeuta ocupacional do Lopes Rodrigues diz que pacientes não devem morar em hospital psiquiátrico
10 de outubro de 2022

“As pessoas (pacientes de problemas psiquiátricos) não devem morar em hospital psiquiátrico”, afirma a terapeuta ocupacional Denise Rosa, da equipe do Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues, em Feira de Santana. Ela foi a palestrante da sessão especial realizada hoje, na Câmara, para marcar o Dia Mundial de Saúde Mental. O encontro teve a iniciativa do vereador Sílvio Dias (PT), que presidiu os trabalhos.  “Ninguém pode ser internado e viver em situação de moradia”, defende a profissional de saúde, que faz parte de uma comissão responsável pelo processo de desinstitucionalização do HLR. Além de representantes do Lopes Rodrigues, do serviço de saude mental da Prefeitura, da APAE, da Associação de Proteção contra o Câncer (APC), prestigiaram o evento o deputado federal Zé Neto e o presidente da Associação Comercial, Genildo Melo.
 
Até o ano de 2001, ela lembra, “qualquer desviante (residente de rua, por exemplo, ou qualquer indivíduo que não atendesse às normas sociais) poderia morar em hospital psiquiátrico. Com a mudança de perfil, um trabalho acompanhado de perto pelo Ministério Público e por todos os municípios envolvidos na macrorregião, segundo Denise,  o Lopes Rodrigues desativou o ambulatório adulto (chegou a tratar 3 mil pessoas) e o dedicado ao público infanto-juvenil e a farmácia de alto-custo passou a funcionar no Núcleo Regional de Saúde.  Os cidadãos que são atendidos no HLR e em outras unidades psiquiátricas e não podem ser reintegrados às suas famílias passam a ser assistidos em residências terapêuticas espalhadas pelo Estado. 
 
São nove residências terapêuticas em Feira de Santana e outras em várias cidades. Riachão do Jacuípe será a próxima a contar com um desses equipamentos. O Município, por sua vez, reivindica a terapeuta, deve “cumprir sua responsabilidade”, atuar pela implantação de oficinas de geração trabalho e renda, criar associações, “políticas que possam proporcionar alternativas de inserção e produtividade para este público”.

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