Trabalhadores não suportam mais viver diuturnamente sem serem reconhecidos
20 de outubro de 2021
“É óbvio que haveria manifestação e retaliação por parte dos trabalhadores, porque não suportam mais viver trabalhando diuturnamente sem serem reconhecidos. É óbvio que Feira de Santana teria mais uma manifestação na frente da Prefeitura”. A declaração é do vereador Silvio Dias (PT), em pronunciamento na Câmara na última semana, quando tratou, na tribuna, sobre a situação do feriado que ocorreu na última segunda, 18 de outubro.
De acordo com o parlamentar, a transferência do feriado de São João para o dia do comerciário, 18 de outubro, cassou o direito dos trabalhadores, que é quem mais trabalha nesta cidade. “São eles que mantém a cidade viva através do comércio; é quem, o ano todo, mantém em funcionamento a economia da cidade, e eles perderam o seu dia porque esteve sobreposto com outro feriado”, lamentou.
Para Silvio Dias, a Prefeitura de Feira estava e continua perdida. “Veja o que aconteceu na semana passada com a questão do feriado. Por meio de um decreto, transferiram o feriado do São João para o feriado de 12 de outubro. Nesta Casa houve várias críticas, o prefeito ficou perdido, recuou e os comerciantes foram pra cima. Jogaram uma casca de banana para o prefeito e ele caiu, porque fizeram a propositura da mudança para o dia 18, e sem um assessoramento adequado”, disse.
E acrescentou: “Essa Prefeitura não dialoga com ninguém, com nenhum trabalhador, seja funcionário público, seja comerciário, seja motoboy, seja camelô da rua Marechal Deodoro. É a Prefeitura que está sempre de portas fechadas. O que aconteceu por conta do feriado, a manifestação ocorrida foi por falta de diálogo, de assessoramento, de competência, de humanidade”.
Edvaldo Lima (MDB) reforçou que o prefeito Colbert Martins Filho não dialoga com nenhuma camada da sociedade. “Ele virou as costas para quem o colocou lá e passou a Prefeitura, a responsabilidade do Paço Municipal para a mão de um secretário. Quem comanda é ele e não tem compromisso com ninguém porque não foi eleito”, frisou. Luiz da Feira (PROS) disse que há uma falta de respeito por parte da Prefeitura com a população, especialmente com os camelôs do Shopping Popular. “Fizemos uma reunião com o secretariado e até agora não foi dado um retorno. É um desrespeito com os nossos camelôs, trabalhadores que acordam 4h da manhã. Estão desfazendo deles”, criticou.