A recente detecção do vírus do cólera na lagoa do Parque Municipal Erivaldo Cerqueira pode estar relacionada a irregularidades no tratamento de esgoto no município, suspeita o veredor Jurandy Carvalho (PL). Em pronunciamento na Câmara, ele disse que, se houver investigação nesse sentido, um dos prováveis responsáveis pode ser a Embasa, concessionária de abastecimento de água “que joga dejetos no Rio Jacuípe”. Na avaliação do vereador, o Inema e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente precisam questionar a empresa estatal em relação ao serviço prestado em Feira. “Deve ser chamada a atenção, a respeito do tratamento de esgoto que presta aqui. Também apurar o fato de que alguns moradores acabam jogando o esgoto de seus domicílios em riachos”, argumenta.
De acordo com Jurandy Carvalho, a lagoa do Parque é afluente do Jacuípe. Por isso, o vírus detectado no local trouxe preocupação a quem mora no distrito João Durval Carneiro, onde centenas de pessoas usam o rio para pescar, tomar banho e para atividades de lazer. Ele justifica que a interdição da lagoa e de todo parque, enquanto se aguarda análise que está sendo feita pelo Lacen (Laboratório Central da Bahia) e por órgãos ambientais, deixa a comunidade da região apreensiva também em relação às condições de sobrevivência: “Tomara que a contaminação não tenha atingido o rio, porque a suspensão da pesca iria causar um estado de calamidade: são mais de duas mil pessoas que pescam nele”.
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