Vendedor deve pagar apenas uso do solo ao Município, no Shopping Popular, não aluguel e taxas a empresário
10 de novembro de 2021
Pagar apenas pelo uso do solo ao Município, sem aluguel e taxas para quem quer que seja, essa deve ser a obrigação dos vendedores instalados nos boxes do Centro Comercial Popular, defende o vereador Sílvio Dias (PT). Diante de mais uma manifestação desses pequenos comerciantes na Câmara, durante a sessão desta quarta (10), ele disse que a área onde foi erguido o entreposto é pública (doada pela Prefeitura), sendo “mais do que justo e legítimo parar de pagar aluguel e mais, participar da gestão do equipamento”. Neste sentido, observa que o Poder Executivo fez investimentos no local com recursos da população, sendo necessário rever o contrato proposto pelo consórcio gestor do shopping e assinado pelos antigos camelôs transferidos do centro da cidade.
“O que estão pleiteando é muito justo. Não há possibilidade de manter naquele local, e nessas condições, pais e mães de família sem conseguir vender nada”, afirma. Para o vereador, é preciso “lembrar quem é o culpado” de toda essa situação, segundo ele o ex-prefeito José Ronaldo, que “anunciou um shopping com ar-condicionado e escada rolante, prometeu o céu, lá atrás, para 1.800 camelôs”. Em vez disso, reclama, “entregou área pública ao empresário”.
O prefeito atual, segundo o petista, é “mandado e segue o roteiro do anterior”, com o agravante de que “não tem habilidade de conversar, não senta nem com os oposicionistas, nem com os que lhe apoiam”. Orienta que a classe não pode se dividir, ou se fragilizará: “Há tentativas de divisão desde o início das obras, quando se dizia que o problema era apenas do pessoal do artesanato e não do Centro de Abastecimento. Depois, dos vendedores da Sales Barbosa e não os da Senhor dos Passos e da Marechal. O problema é de todos que acordam cedo e vão trabalhar”.