Após a presidente da Câmara,
Eremita Mota (PSDB), cobrar do prefeito Colbert Filho, na sessão de hoje
(22), que cumpra a legislação, sobre o projeto em que o Executivo pede
autorização para contrair um empréstimo de 50 milhões de dólares, outros
vereadores também se manifestaram, advertindo o governante para os
problemas existentes na matéria. Jhonatas Monteiro (PSOL) ressaltou que o
gestor municipal “nunca mandou sequer projeto básico ou listagem de obras
a serem feitas” com recursos do possível empréstimo. “O compromisso destas
obras e sua identificação jamais chegaram”, observou. Ele disse
que é prerrogativa da Presidência do Legislativo colocar em pauta aquilo que
está de acordo com as determinações da lei.
O psolista desafiou Colbert a
fazer um vídeo mostrando o protocolo de recebimento na Câmara de projeto da
administração municipal referente a construção de um viaduto para o Feira IX,
“como ele vem divulgando nos veículos de comunicação, onde transmite inverdades
ao povo feirense”. Para o seu companheiro de bancada oposicionista,
Silvio Dias (PT), a Casa Legislativa tem que cumprir seu papel
fiscalizador dos atos da gestão pública, exigindo que o prefeito mande
corretamente os projetos a serem analisados e votados. “A ideia de que aqui é
um puxadinho da Prefeitura não cabe mais. É para evitar obras e projetos
inacabados como o do BRT, que temos que ter responsabilidade”, afirmou.
Sílvio acredita que, na verdade,
os recursos pretendidos pela Prefeitura, aproximadamente R$ 250 milhões de
empréstimo, se destinam a “cobrir déficit, gerado por uma administração
incompetente do Município, diariamente denunciada a respeito de posto de
saúde sem médicos, escolas que funcionam apenas dois dias na semana, unidades
de ensino que suspendem aula por falta de água ou alimentação escolar”. Em sua
opinião, a Casa não deve sequer analisar projeto de empréstimo, sem antes
o Executivo dizer “para que quer, onde vai gastar e como o município irá
pagar”.
O líder do Governo na Casa da
Cidadania, José Carneiro (MDB), diz reconhecer “que tem falhas no governo
municipal” e garante respeitar quem se manifesta contrário a projetos
de lei do Executivo. “Eu respeito a posição de cada vereador e vereadora
desta Casa. Mas lembro que os poderes, além de serem independentes,
precisam manter a harmonia”, afirma, conclamando a presidente da Câmara e o
prefeito ao diálogo.
Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.