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Zé Filé repercute ausência de vereadores em reunião entre Prefeitura e CEF
3 de junho de 2019

No uso da tribuna, na sessão ordinária desta segunda-feira (03), na Casa da Cidadania, o vereador Zé Filé (PROS) repercutiu o fato dos vereadores da base governista não terem participado da reunião, realizado no último domingo (02) na Prefeitura, entre o prefeito e o presidente da Caixa Econômica Federal.

“Antes, quero agradecer a presença do blogueiro Osvaldo Cruz na comemoração do meu aniversário. Que Governo, que prefeito é esse, que desvalorizou até os vereadores da bancada? Se eu fosse bancada, seria até ontem, que vergonha”, pontuou Zé Filé.

Em aparte, o presidente da Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSDB) disse ter admiração pelo prefeito, mas não concorda com o tratamento dado por ele aos vereadores da base.

“Tenho pelo prefeito admiração e respeito pelo político e história que tem, mas não posso me calar diante de fatos como esse. Ele foi parlamentar a vida toda e me pergunto se era esse o tratamento que ele tinha do Executivo. Será que foi tratado dessa forma? Não podemos aceitar isso claramente, não podemos nos calar. Somos da bancada, mas não somo alienados. Exigimos respeito e não permitimos que pessoas do Governo utilize do poder para pedir para vereador se retirar”, disparou.

E continuou. “Sou aliado, mas não alienado. Repudio a atitude descortês de convidar o vereador e pedir para se retirar. Enquanto eu estiver presidente, não vou admitir isso. Fica aqui meu repúdio para quem teve essa atitude”, disse.

Também em aparte, o líder do Governo na Casa, vereador Marcos Lima (Patriota) disse que a permanência apenas do prefeito e dele, enquanto líder, na reunião foi uma exigência do presidente da Caixa. “Ele pediu que apenas o prefeito, secretários e o líder do governo na Câmara permanecessem na reunião e eu representei a Câmara. Ele fez essa exigência argumentando ser uma reunião de negócios e que posteriormente o conteúdo da reunião poderia ser passado para os demais edis. O que Tourinho quer é tumultuar os vereadores da base”, concluiu.

O presidente da Casa, avaliou que diante do argumento do presidente da Caixa, a reunião deveria acontecer  no gabinete do prefeito, mas em nenhuma hipótese convidar vereador e depois pedir para se retirar.

Também participando do debate, o edil Fabiano da Van (PPL) disse estar presente na reunião, mas que foi avisado sobre a permanência de poucos. “Todos foram avisados de que o presidente da Caixa não queria a participação de muita gente na reunião. Eu mesmo, fui lá para fazer algumas reivindicações ao prefeito, que serão atendidas”, justificou.

De volta com a palavra, Zé Filé disse que a culpa do destrato é dos próprios vereadores. “É uma tristeza esse prefeito. A culpa é de vocês, vereadores de base, porque quando fazemos um requerimento pedindo transparência, vocês não deixam e agora viraram chacota na imprensa. Foram colocados para fora de uma reunião. Isso é tratamento que o Executivo dê a vocês? O prefeito não queria que vocês ficassem sabendo dos acordos, mas como vocês só fazem o que ele quer, foram expulsos”, avaliou.

Em aparte, o oposicionista Roberto Tourinho (PV) parabenizou Zé Filé pelo discurso e disse já ter hipotecado sua solidariedade para com os colegas. “Domingo, onde os vereadores poderiam estar em casa com família ou visitando bases, foram humilhados. Pediram para se retirarem de uma sala, onde já estavam sentados. Isso acontece porque muitos entendem que o Legislativo é anexo ao gabinete do prefeito, ai agem com essa falta de cortesia com os vereadores”, afirmou.

Novamente com o uso da palavra, Zé Filé lembrou que os mesmos vereadores que aprovaram o empréstimo de R$ 30 milhões da Prefeitura com a Caixa foram os mesmos expulsos da reunião. “Que vergonha. Quero ver Zé Filé passar uma vergonha dessa. Tenho certeza que depois disso vocês ficarão atentos e vão aprovar os requerimentos que colocamos aqui, pedindo transparência. São vocês que dão sustentação ao prefeito. Isso é muita humilhação”, analisou.

Para finalizar, Edvaldo Lima (PP) disse que o parlamento pode travar o Executivo, caso queira. “Esse mesmo parlamento que aprovou o empréstimo, pode travar. Quem autoriza somos nós; se quisermos travamos o Governo e não vai para lugar nenhum. É importante que os poderes sejam respeitados”, findou.

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