Em pronunciamento, na sessão ordinária desta quarta-feira (27), na Câmara Municipal de Feira de Santana, o edil Zé Filé (PROS) repercutiu a denúncia do colega Roberto Tourinho (PV) e cobrou justificativa para a dificuldade de agendamento de consultas e exames.
“É triste, mas é verdade a denúncia que o vereador Roberto Tourinho trouxe a esta Casa. Uma cidade com quase 800 mil habitantes e cerca de R$ 400 milhões para serem gastos na saúde, não justifica as pessoas passarem situações como esta. E, na realidade, a central da SAMU diz que as viaturas estão nas ruas, mas na verdade estão em oficinas”, pontuou Zé Filé.
Em aparte, o vereador Carlito do Peixe (DEM) argumentou que as viaturas do SAMU foram disponibilizadas à Feira de Santana pelo Governo Federal. “Essas ambulâncias são do programa Federal, não são do Município. Elas não são novas e precisam de manutenção, pois são carros antigos. Sem contar que, muitas vezes, as viaturas do SAMU ficam presas no HGCA esperando a liberação de macas”, disse.
Também em aparte, o edil Roberto Tourinho (PV) disse ter identificado a única viatura do SAMU que estava disponível na última segunda e terça-feira na cidade. “Eu afirmei categoricamente e dei a placa. Só tinha uma viatura da UBS e uma avançada rodando e a informação é que hoje sairiam mais duas da oficina. Chamamos, insistimos e não tiveram coragem de sair da Casa”, disparou. Em resposta, Carlito garantiu que a Comissão de Saúde da Casa visitará a sede do SAMU após a sessão.
De volta com a palavra, o oposicionista Zé Filé disse que o colega se contradisse e passou a tratar sobre a dificuldade do agendamento de consultas e realizações de exames. “Fico feliz porque ao mesmo tempo que justifica, se contradiz. Quer dizer que estes carros ficam o tempo todo quebrados? Quantos carros têm? Agora quero saber que está acontecendo que o povo não está conseguindo marcar um ECG, uma ultrassom, consulta com especialistas? Será que não existem médicos?”, indagou.
Zé Filé pediu mais explicações sobre essa dificuldade. “Agora eu quero explicação porque o povo entrega uma requisição no PSF e passa seis meses para marcar um ECG ou uma ultrassom. Não consegue marcar uma consulta com cardiologista. Qual é o motivo? No Viveiros, com 16 mil habitantes, só foi disponibilizada uma vaga para consulta com cardiologista. A pessoa que estava precisando dormiu na porta do posto, foi a primeira a entrar e disseram que a vaga já estava preenchida. O povo precisa de uma explicação ou será que o povo está mentindo?”, questionou.
O vereador finalizou pedindo justificativas. “A população não consegue fazer um tratamento preventivo. O que estão fazendo com esses R$ 400 milhões que estão disponíveis na Secretaria de Saúde? Vamos justificar essas questões”, findou.
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