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Comissão de Cultura vai elaborar um plano de ação sobre patrimônio histórico de Feira
18 de junho de 2024

Um plano de ação será articulado pela Câmara Municipal através de sua Comissão de Educação e Cultura, até o final do mês de julho, com propostas em defesa da preservação dos imóveis que formam o patrimônio arquitetônico de Feira de Santana, tombados ou não. A iniciativa foi anunciada ontem (17) após uma Reunião Ampliada sobre o tema, realizado pela comissão legislativa, sob o comando do  presidente  Jhonatas Monteiro (PSOL) e do seu  companheiro de colegiado, professor Ivamberg Lima (PT). O encontro aconteceu no Centro de Cultura Amélio Amorim, local onde os vereadores estão fazendo as atividades de plenário devido a reforma do prédio-sede da Casa da Cidadania.

A ideia de elaborar o documento foi aprovada pelos participantes da reunião, prestigiada por vários profissionais da arquitetura, professores universitários (alguns deles em mestrado e doutorado), o vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico, Ângelo Pinto, entre outras personalidades. Todos lamentaram a ausência de representantes do Governo Municipal. As secretarias de Cultura, Desenvolvimento Urbano e Planejamento foram convidadas, segundo a organização da reunião, mas não se fizeram representadas. O IPAC, o CREA e a Fundação Senhor dos Passos também foram convidados, mas não enviaram representante. O IPAC apenas prometeu entregar posteriormente um relatório da instituição sobre imóveis tombados em Feira de Santana. O CREA “sinalizou interesse” pelo assunto.

O propósito, disse o vereador, é  dar uma finalidade prática ao diálogo. “O espaço político deve buscar interferir na realidade”, disse ele,  ao anunciar que o plano de ação a ser elaborado deverá destacar medidas como o estudo de um esboço do circuito histórico da cidade; levantamento dos imóveis que constituem este patrimônio; revisão da legislação que trata do tombamento;  fiscalização pelos organismos responsáveis; incentivo tributário para estimular a quem possui e deve preservar residências e estabelecimentos comerciais que façam parte deste  acervo de valor  imaterial.

No final do próximo mês, ele prevê, o documento a ser redigido pela Comissão de Cultura da Câmara já terá sido submetido ao  grupo de arquitetos que participam do mestrado em Desenho, Cultura e Interatividade, presente à reunião. Finalizada, a proposta será levada à promotoria pública específica da área do patrimônio histórico, “organismo que tem a prerrogativa de melhor fiscalizar, abrir inquérito civil, oferecer  denúncia ao judiciário”.

Jhonatas chamou a atenção para  “a omissão” do IPAC na defesa da preservação dos imóveis e equipamentos públicos de relevância histórica do município, “como ocorreu na intervenção feita pela Prefeitura ao nosso Centro de Abastecimento,  recentemente, modificado em sua estrutura com a construção do ‘trombolho’ que é o Shopping Popular. Mesmo assim, ele assinala, “também deveremos acionar este órgão, oportunamente, para tentar  fazer com que cumpra a sua parte”.

Para o vereador Professor Ivamberg, uma das ameaças ao acervo imobiliário de Feira de Santana está no próprio poder público, “do qual não se vê qualquer iniciativa pela conservação”. Ele cogita a elaboração de uma lei “que possa dar esse estímulo”.  O petista informou que a famosa “casa suspensa” localizada  no centro da cidade está  à venda e “pode ser mais uma a  demolirem pra virar estacionamento”.

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