“Nunca fomos tão penalizados, nem na ditadura”, diz Marlede Oliveira sobre tratamento do governo
23 de março de 2022
Professores, servidores e pais de alunos da rede municipal de ensino ocuparam a galeria da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (23), quando a diretora da APLB Feira de Santana, Marlede Oliveira usou a Tribuna Livre e apresentou um resumo da situação vivida pela categoria, bem como a falta de estrutura das escolas. Segundo ela, a categoria, que permanece em estado de greve, vem sendo massacrada e o caos se instalou na educação.
“O ano letivo começou, mas não tem aula em muitas escolas porque falta tudo, inclusive a merenda, que ainda é centralizada, um formato arcaico”, afirmou a sindicalista. “Quando leva o feijão, não leva a carne, nem os temperos”, exemplificou Marlede, citando que o Estado melhorou 100% a qualidade da merenda escolar. Ela lembrou ainda que já foi comprovado que a fome compromete o desempenho do aluno.
Uma declaração atribuída ao prefeito Colbert Martins, de que quando estudava não tinha merenda escolar e ele se formou em Medicina, mereceu destaque no pronunciamento de Marlede Oliveira. “Ele nos disse isso pessoalmente”, afirmou, ressaltando que o prefeito nunca passou dificuldade. “Naquela também não tinha Fundeb, verba carimbada. São R$ 500 mil para a merenda, enfatizou a diretora da APLB.
“E os R$ 248 milhões do Fundeb, recebidos em 2018, que dariam para reformar todas as escolas”, questionou Marlede. Mas os problemas não se limitam à merenda. Segundo ela, falta fardamento e infraestrutura nas escolas. “Nunca fomos tão penalizados, nem na ditadura. É massacre”, disse a sindicalista, solicitando apoio dos vereadores, independente de posição partidária. O presidente Fernando Torres (PSL) disponibilizou espaço para a APLB sempre que necessário.